terça-feira, 24 de agosto de 2010
Obrigado
Meu peito antes assolado
Só o tempo pode curar
O luto fora guardado
Do preto prata pode parar
A vida agora alegre sorri
Branca bela bruma tornou
Com aço e chumbo quase parti
Mas o passado para trás ficou
Humpf...
Você pensou comigo acabar
Não é tão fácil como parece
Por fora procurando acalanto em prece
Por dentro pronto para lutar
Vi que o único responsável por mim
Sou eu mesmo, até o fim!
Com areia nos pés jurou me amar
Com teclas nas mãos, soube me acabar
Frágil felino faria ficar
Furioso ferino fez-se brotar
Papel branco enegrece em um segundo
Só necessita de um vetor
Assim como eu, para tornar-me um lutador
E com a cara limpa enfrentar o mundo
Te agradeço por fazer-me enxergar
O quão capaz sou de agüentar
Tudo que vier em meu caminho
Pelas vezes que chorei sozinho
Agonizando com tanta dor
Depois de tudo só posso lhe dizer
O quanto você me fez sofrer
E obrigado por me tornar um lutador!
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
O medo
Quando seu coração está congelando
O medo...
Quando seus passos tendem a parar
O medo...
Quando você está se acabando
O medo...
Quando não sabe onde vai chegar
O medo...
Quando o medo cega cada parte do seu ser
Quando você não sabe o que fazer, porque só tem...
O medo...
Sua vida costumava ser tão adorável
Por que de uma hora para outra se tornou insustentável?
Seus amigos foram embora
Sua família lhe virou as costas
Você só tem o medo agora
O medo...
O que será de você com o medo?
Você não tem novidades
Você não tem nenhum segredo
Sua vida foi violada
Você perdeu sua identidade
Quem é você?
Por que se deixo vencer
Na cilada do medo...
Seus olhos eram como os de uma criança
Mas os olhos céticos de um corvo tomaram seu lugar
Você se perdeu nessa dança
Para com o medo dançar
Como um bezerro, de joelhos implora a vida
Mas para quem?
Você não tem mais ninguém
Você só tem o medo
Você o deixou vencer
Não há mais nada a fazer
Se você não quer se ajudar
Entregar-se ao medo é tão mais fácil, não é mesmo?
O fim está próximo, tudo vai acabar
Você só fica sentado, com medo
Você está acabado com esse seu medo
Olhe ao redor
Seus lábios sangrentos
Seus braços sedentos
E seu medo, nada pior
Nada pior que seu medo
Como em uma pequena oração
Você apodrece lentamente
E mais rápido, e muito mais rápido
Em cada pensamento, em cada ação
Com o seu medo imbecil
Olhe, como ele foi gentil
Te levando a loucura
Faça duas vezes, três, quatro, cinco, seis, sete...
Não pare, ou você vai morrer
Faça de novo, vai lá, repete
Ou você vai morrer
E o que você vai fazer?
Com medo...
Nada, nada se pode fazer
Tão belo quanto rosas murchas em um mausoléu
O medo se apossa do seu ser
Injetando em você toda sua essência
Todo o seu fel
O seu medo te mata aos poucos
E quando os abutres voarem sobre sua cabeça
Espero que de seu fiel amigo você não esqueça...
O medo...
domingo, 15 de agosto de 2010
Mas Ainda Tenho Hombridade
Dói quando eu penso no quanto deixo as coisas piores
Dói quando sinto que erro tentando deixar as coisas melhores
Apenas te quero do meu lado...
Me sinto tão... tão... abandonado...
Mas ainda tenho hombridade
E não importa a mim, apenas quero sua felicidade
E é pensando em te esquecer
Que eu acabo cada vez mais pensando em você
Tenho que pensar em mim
Meus amigos dizem que não posso continuar assim
Não dou ouvidos a eles, eu apenas quero te manter seguro
Você continua sendo parte de mim
É algo tão magico, tão puro
E meus amigos dizem que não posso continuar assim
Mas ainda tenho hombridade
Tenho que cuidar de mim
Pois sua vida já está formada
A minha, constante fim
Num espasmo de saudade alucinada
Tento a vida, tento o mundo
Mas eu estou caindo em um poço sem fundo
No qual entrei para não te ver cair sozinho
Descartando a rosa, idolatrando o espinho
Nessa confusão que é a minha cabeça
Sentimentos diversos voam como almas penadas
Esperando apenas uma palavra para serem massacradas
E meus amigos dizem que não posso continuar assim
Mas o que sou eu sem você? E o que é você sem mim?
Eles dizem que sou melhor do que acredito
Mas não consigo me livrar desse poço maldito
Faço tudo que não deveria fazer
Mas ainda tenho Hombridade
Se eu pudesse me conter
E não falar tudo o que tenho vontade
Quem sou eu afinal?
O que na verdade é a moral?
Nada sei de verdade
Mas ainda tenho Hombridade
Assinar:
Postagens (Atom)